O Mito da concorrência e a importância do estudo em grupo.
- Equipe PRO|GRUPO

- 15 de set. de 2020
- 2 min de leitura

Inicialmente a palavra “concorrência” nos soa ou mesmo sugere uma carga um tanto pesada ou mesmo negativa, não é mesmo?
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E afinal qual é o significado e o sentido da palavra concorrência?
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De acordo com o dicionário online de português, a palavra concorrência, da classe morfológica substantiva feminina, consiste na ação de competir com outra pessoa a prioridade sobre alguma coisa.
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Pois bem, se o ato de concorrer consiste e insiste sobre uma corrida com outra pessoa, claramente pressupõe-se que ambas almejam chegar a um mesmo lugar, do contrário não estaríamos falando de uma corrida.
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Ora, se há uma similitude de objetivos para a chegada, a pergunta a ser feita é: Por que correr de forma “isolada” e exaustiva um mesmo caminho, quando há a alternativa em reduzi-lo ao compartilhar os mesmos esforços?
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De maneira elucidativa e de proveito ao fim de ano, pensemos em uma longa viagem de carro rumo à praia entre amigas que possuem habilitação para direção. Se todas podem e são habilitadas para a função, não seria mais inteligente dividir a condução do veículo ao invés de impor a direção a uma única pessoa?
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No mundo dos estudos não é diferente. Se todos pretendem chegar ao êxito da aprovação e consequentemente da nomeação, por que não compartilhar ensinos e informações em um grupo de estudos?
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Paulo Freire diz que: “Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender”.
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Trata-se de ações simultâneas e relacionadas em si mesmas. Ao ensinar e compartilhar informações, consequentemente o indivíduo aprende muito mais com o que se ensina que propriamente com o que se aprende. É um verdadeiro ciclo.
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Pesquisas como a teoria da Pirâmide da Aprendizagem e o Estudo de Cone da Aprendizagem, apesar de discrepantes, afirmam que o posicionamento ativo (ensinar) do estudante no processo melhora em demasia o seu aprendizado.
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Em geral, os estudos dizem que:
10% do conteúdo é aprendido quando lemos;
20% do conteúdo é assimilado quando escutamos;
30% do conteúdo é aprendido quando assistimos/observamos algo;
50% do conteúdo é assimilado quando combinamos escuta/observação;
E por fim e não menos importante 70% do conteúdo é aprendido quando discutimos, conversamos, perguntamos e debatemos o tema.
Partindo desse pressuposto, ainda que feita uma análise fria e objetiva sobre os referidos estudos e percentuais de aprendizagem, chega-se à conclusão de que o estudo efetivo não é aquele exercido de forma isolada e autônoma, mas sim aquele que é compartilhado, ensinado e sobretudo dinamizado.
A concorrência não consiste no ato de se chegar em primeiro lugar, mas sim num dinâmico processo de autoconhecimento e melhora de seu próprio eu, buscando por si, a cada dia, a sua melhor versão.
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Há um provérbio popular que diz que: “O verdadeiro sábio é aquele que compartilha a sua sabedoria com os outros e não apenas guarda o seu conhecimento para si próprio.”
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Então, meu caro leitor e concurseiro, desejo a todos nós que possamos desmistificar o mito que é a concorrência e entender a essência e a importância do exercício que é o estudo efetuado em grupo.
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Por Karine Tucunduva


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